Em reunião realizada nesta terça-feira (07/07), o movimento "Da Unidade Vai Nascer a Novidade" decidiu lançar a candidatura de Augusto Chagas para presidir a União Nacional dos Estudantes pelo próximo biênio.
Aluno do curso de Sistemas de Informação da Universidade de São Paulo (Campus Leste), ele presidiu o Diretório Acadêmico da Unesp-Rio Claro e o DCE da UNESP/Fatec. Também foi presidente da União Estadual dos Estudantes de São Paulo por duas gestões.
A opinião, definida após acurada análise dos avanços obtidos na atual gestão e projeção dos próximos desafios, foi encaminhada com unidade e agora deve circular o Brasil nas plenárias convocadas pelo movimento "Da Unidade" para o próximo final de semana.Augusto considera uma realização ser indicado como postulante a liderar a septuagenária entidade dos universitários. "Pessoalmente, acho uma honra e um desafio enorme ser indicado pelo movimento como candidato. Desde o primeiro ano de faculdade ter tomado contato com o movimento estudantil abriu muito minha visão sobre o mundo. Fazer parte disso é como uma segunda universidade, pois é um espaço que favorece a formação humanista, de cidadão crítico e comprometido, com papel na sociedade e na transformação do Brasil", avaliou.
Um tempo de grandes conquistas
A atual gestão da UNE se inscreve na história da entidade pelas conquistas que obteve. A principal delas é a retomada da ofensiva política na luta pela Reforma Universitária, já que o projeto 7200 havia sido inviabilizado pela ação dos interesses de mercadológicos que atuam na educação.
Hoje, o projeto em tramitação no Congresso Nacional é aquele aprovado no Conselho Nacional de Entidades de Base da UNE e prevê pontos como a regulamentação do ensino privado e proibição da entrada de capital estrangeiro no setor, a ampliação de investimentos para 10% do PIB, o Plano Nacional de Assistência Estudantil, dentre outros. Aspecto comemorado pela direção da UNE é o fato de que quase todas as correntes políticas da entidade participaram da construção e reivindicam tal projeto.
O diálogo da UNE com a sociedade, ao ver dos dirigentes, tem sido crescente e fruto desse reconhecimento existe, hoje, a perspectiva de reconstrução de sua sede histórica, na Praia do Flamengo (RJ). Além disso, nos últimos dois anos a UNE realizou atividades que apontam para a diversificação de temas abordados entre os estudantes: as Caravanas de Saúde e da Anistia, a Bienal de Cultura, os Encontros de Estudantes do ProUni, o Encontro de Mulheres e o Encontro de Estudantes Negros, Negras e Cotistas.
Próximo biênio terá enormes desafios
"A tradição do movimento estudantil é ter posição nas encruzilhadas de nosso país e, ao ver do movimento "Da Unidade Vai Nascer a Novidade", em 2010 teremos uma pela frente", considera o candidato, em referência às próximas eleições presidenciais, tidas como embate de projetos para o país.
Para Augusto, "o papel da UNE nessa batalha deverá ser o de não admitir recuos, de não admitir que sejam frustradas as expectativas dos brasileiros e que sejam aprofundadas as mudanças em direção à construção de uma nação justa, soberana e desenvolvida".
O mais representativo Congresso da UNE
Desde o início da campanha, o movimento "Da Unidade Vai Nascer a Novidade" mostrou o empenho em construir a maior mobilização já realizada para um Congresso da UNE. No encontro que debateu os objetivos para o Congresso, realizado em março, as lideranças ligadas ao movimento "Da Unidade" já vislumbravam que apenas envolvendo milhões de estudantes seria possível que a UNE tivesse a força e o protagonismo necessários para enfrentar as exigências do momento político.
E, a depender dos números do Congresso, que terá início no próximo dia 15 e julho, em Brasília, a entidade estará preparada para fazer juz às suas melhores tradições. O processo foi o mais representativo da história As mais de 2300 eleições realizadas, nas quais cerca de dois milhões de universitários votaram, abrangeram 92% das instituições de ensino superior do país. Os mais de cinco mil delegados eleitos representarão quatro milhões e meio de alunos das universidades envolvidas em todos os estados da Federação.
De São Paulo,
Fernando Borgonovi
Com 205 votos a chapa "Com Aécio não dá", representada por delegados dos movimentos "Da Unidade Vai Nascer a Novidade" e "Kizomba" (DS), venceu, neste domingo (28), o congresso da União Estadual dos Estudantes de Minas Gerais. A nova presidente da entidade é Luiza Lafetá, estudante de história da Universidade Federal Ouro Preto e militante da UJS.
Na reta final do Congresso da UNE, leque de forças políticas divulga manifesto propondo a unidade do movimento estudantil brasileiro para enfrentar a crise, aprofundar as mudanças no país e evitar retrocessos nas eleições de 2010. Assinado inicialmente por sete movimentos, o documento consolida ampla aliança política para o Congresso e para a gestão da União Nacional dos Estudantes.
A chapa "Unidade na Diversidade", composição que uniu militantes do movimento "Da unidade Vai Nascer a Novidade", do movimento "Kizomba" (ligado à DS, corrente do PT) e da JSB, venceu com ampla maioria dos votos a eleição de delgados ao Congresso da UNE na Universidade de Brasília, uma das principais do país. Com 541 votos, ou 60,3% do total, conquistou 11 das 18 vagas possíveis, suplantando outras quatro chapas.
Teve desfecho vitorioso para o movimento liderado pela UJS e aliados o Congresso da União Paranaense dos Estudantes (UPE). A chapa "Da Unidade Vai Nascer a Mudança" - soma de forças de UJS e das correntes do PT Mudança, Kizomba e O Trabalho - elegeu a nova diretoria e aprovou as propostas que conduzirão a gestão da entidade no biênio 2009/2011. O novo presidente é Paulo Moreira, aluno do quarto ano de Direito na Universidade Estadual de Maringá e coordenador geral do DCE.
Na quarta e maior edição do Congresso da União Estadual dos Estudantes do Amazonas (UEE-AM), universitários de todo o estado reelegeram Maria das Neves presidente da entidade.
A chapa formada pela UJS, Juventude Pátria Livre, DS, JS-PDT e JMDB obteve 335 votos no Congresso da União Estadual dos Estudantes de São Paulo e elegeu Carlos Eduardo, estudante de filosofia da Universidade São Judas Tadeu, presidente da entidade.
Contados apenas os delegados do movimento "Da Unidade Vai Nascer a Novidade" (255) formavam 62% do Congresso e a chapa conquistou 13 dos 15 cargos na diretoria executiva. As outras vagas foram obtidas pelo "MUDE" e pela "Oposição de Esquerda".